Baixe a grade do Sistema UTM

11 de setembro de 2024
No mundo digital é necessário definir modelos de representação da superfície terrestre. E para isso, utilizamos sistemas de referência, que possibilitam a descrição das posições de objetos.

Os sistemas de referência são interligados a uma superfície que represente o formato da superfície terrestre. Essa superfície é o elipsoide, que é uma representação matemática da terra. A partir do elipsoide são calculadas as coordenadas, que são apresentadas em diferentes formas.

Quando temos uma superfície esférica como base, possuímos então as coordenadas geodésicas/geográficas. Já para uma superfície plana, as coordenadas receberam o nome de acordo com a projeção a que estão associadas. As coordenadas planas mais conhecidas, são as coordenadas do Sistema UTM (Universal Transversa de Mercator).

Nesse artigo, vamos explicar sobre o sistema UTM, seus fusos e forneceremos um link para download da grade UTM.

Origem do sistema UTM

O site da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) declara que em 1940 o sistema foi desenvolvido pelo Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos. Contudo, fotos áreas encontradas no Departamento de Arquivos Militares da Alemanha mostram referência ao sistema UTM, sendo datas de 1943 a 1944.

Sistema UTM

A projeção Universal Transversa de Mercator é uma projeção do tipo cilíndrica. Essa projeção do tipo transversa é aquela em que o eixo do cilindro está no plano da linha do equador.

O sistema UTM fornece coordenadas em uma grade plana mundial.

O Mercator usa um cilindro vertical para a projeção do mapa. O Mercator Transversal pega um cilindro e o coloca de lado (gira 90 °), como na figura abaixo – e é assim que o termo “transversal” é derivado.

Esse sistema é considerado como universal. Sendo talvez, o mais utilizado no mundo. Lembrando que esse sistema é utilizado para representar a superfície da terra, sendo esta esférica, temos então uma figura de 360°.

Dessa forma, o sistema é dividido em 60 fusos de 6° graus de amplitude em LONGITUDE. Por que de 6 em 6°? Foi identificado que os fusos de 6° em 6° garantem uma distorção mínima no mapeamento.

Cada fuso desses é chamado de ZONA UTM. A contagem dos fusos da projeção UTM se inicia no anti-meridiano ao meridiano de Greenwich, portanto no meridiano de 180°, dessa forma, a numeração se inicia em 1 da esquerda para a direta em relação à longitude 180º oeste, e finaliza em 60.

Em vez de usar coordenadas de latitude e longitude, cada zona UTM de 6 ° de largura possui um meridiano central de 500.000 metros. Esse meridiano central é um valor arbitrário, conveniente para evitar coordenadas leste negativas. Todos os valores a leste e oeste do meridiano central serão positivos.

Quando falamos de UTM, a unidade de medida é o metro, com origem do Equador e Meridiano Central. As Coordenadas UTM definem posições bi-dimensionais e horizontais.

Como convenção atribui-se a letra N para coordenadas norte-sul (ordenadas) e, a letra E, para as coordenadas leste-oeste (abscissas). O par de coordenadas é definido por E, N.

Zona UTM
Para trabalhar com sistema UTM é muito importante definir a zona da área de interesse. Porque você precisará desse entendimento para especificar a posição na zona UTM específica.

Assim, se você receber um conjunto de coordenadas UTM, precisará saber em qual zona está anteriormente porque o meridiano central recebe 500.000 metros em cada zona. Da mesma forma, que você precisará definir a zona para quem receber seus dados, já que a pessoa precisará dessa informação para definir a posição correta.

Uma dica é que o sistema UTM foi criado para mapear recursos em uma zona UTM por vez. Quando você realiza trabalho em variadas zonas do sistema as distorções causadas pela projeção se tornam mais evidentes.

Além disso, o UTM é uma projeção ruim para mapas de pequena escala como atlas do mundo (grandes áreas) e perfeito para mapear regiões estreitas.

Se você quiser baixar a grade UTM e utilizar em seus projetos clique nas opções abaixo:
Grade UTM em Shapefile
Grade UTM em KML

Fontes:
IBGE: Noções Básicas de Cartografia
UERJ – Departamento de Engenharia Cartográfica
UFG – Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento